Alerta Última Hora: ExxonMobil e Total pretendem juntar esforços para reduzir custos em campo partilhado
As duas petrolíferas pretendem juntar
esforços e reduzir custos em campo compartilhado;
No início desta semana, foi reportado
que as duas grandes petrolíferas estavam em negociações para aumentar a
quantidade de gás que podem extrair de um campo compartilhado, que abrange os
seus dois empreendimentos de GNL, no valor combinado de 50 bilhões de dolares,
de modo a reduzir custos.
Entretanto, qualquer alteração ao acordo
de partilha de recursos - ou "unitização" - que rege a quantidade de
gás que cada um pode extrair tem de ser aprovada pelas autoridades
moçambicanas.
Em resposta a perguntas da Reuters
enviadas por e-mail sobre o assunto, Carlos Zacarias, presidente do INP, órgão
que rege o desenvolvimento energético de Moçambique, disse que "ainda não
foi informado" das conversações das petrolíferas sobre o acordo e que não
participou em quaisquer discussões.
“Pode ser necessário avaliar e ver como
(as alterações ao acordo) teriam impacto na duração do projecto, mas é claro
que o aumento da produção com pouco ou nenhum investimento adicional deverá
significar mais receitas para o Estado moçambicano”, disse Zacarias.
A Reuters escreve também que não se
esperava que a Exxon tomasse uma Decisão Final de Investimento (FID, nas siglas
em inglês) para o seu projecto até o início de 2022.
O prazo esgotava-se este ano, mas foi
adiado em abril e o Governo de Moçambique disse ter antecipado para o próximo
ano.
“O FID é decidido pelas concessionárias,
quando as condições de mercado são criadas”, disse Zacarias, advertindo que “um
atraso na decisão pode adiar o início do projecto, o que não é desejável”.
Os projectos de GNL decorrem em Cabo
Delgado, onde há uma forte insurgência que o Governo diz ter ligacoes ao Estado
Islâmico, que já matou, pelo menos, duas mil pessoas e provocou milhares de
deslocados.
Os investimentos, no entanto, não foram afectados.