Bissau: Presidente guineense diz existirem rumores sobre possível golpe de Estado
Sissoco desafiou, esta
sexta-feira, quem o quiser atacar a segui-lo, pois anda "sozinho e com os
vidros do carro em baixo". Aos jornalistas, confirmou ter tido Covid-19 e
comentou as várias polémicas que envolvem o país.
O Presidente da
Guiné-Bissau afirmou, esta sexta-feira (12.02), à chegada ao país, que existem
rumores que indicam a possibilidade de um golpe de Estado no país.
"Não ouviram rumores
sobre golpe de Estado. Não ouviram que me vão matar, vão matar o ministro do
Interior, ministro da Defesa, chefe do Estado-Maior, todos, mas estou sempre no
meu carro pessoal", afirmou Umaro Sissoco Embaló, em declarações no
aeroporto internacional Osvaldo Vieira, em Bissau.
Instado a fornecer mais
informações sobre os rumores do golpe de Estado, o líder guineense afirmou que
também os tem ouvido como os próprios jornalistas.
"Eu ando sozinho com
os vidros [do carro] em baixo, quem quiser que me siga pelo caminho",
sublinhou Embaló.
O chefe de Estado
guineense falava aos jornalistas de regresso ao país após dois dias no Senegal,
onde esteve em controlo médico de rotina.
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À revelia do Parlamento,
Sissoco toma posse
Ao falar de uma polémica
entre a Presidência da República e a Ordem dos Advogados sobre a sede que
aqueles ocupam e que os serviços da presidência lhes pediram que desocupassem,
Embaló aproveitou para abordar a situação da segurança do chefe de
Estado.
"Não há um único dia
que não tenho pressão dos serviços de segurança interna e externa para que me
mude para o palácio, mas como vou morar no palácio?", questionou. Sissoso
diz ainda continuar na sua residência pessoal porque o palácio não oferece
condições para albergar o chefe de Estado.
Sobre a polémica com os
advogados, o Presidente guineense notou que não expulsou a Ordem dos Advogados
da sua sede, mas os responsáveis pela segurança entenderam que não podia ficar
no espaço que ocupa desde 2011. Disse ainda que a Ordem dos Advogados
recusou-se a ir para um novo espaço no bairro de Ajuda que até é melhor do que
a sua atual sede, referiu.
"Foi-lhes sugerido
uma dessas casas novas da Segurança Social, agora se querem ficar lá [que
saibam] que a minha segurança é mais importante do que a Ordem dos
Advogados", destacou.
Na mesma ocasião, Sissoco
disse ainda não ter nada de pessoal contra o ex-primeiro-ministro, Aristides
Gomes, que deixou Bissau esta sexta-feira, depois de ter estado quase um ano
refugiado na sede das Nações Unidas.
"O cidadão Aristides
Gomes, depois de ter acompanhado a dinâmica de desestabilização do processo
eleitoral, decidiu ir para a sede das Nações Unidas, sem que o ninguém o
obrigasse a isso. Ele tem um contencioso com a justiça e não comigo ou com o
Governo", defendeu Sissoco Embalo.
Aristides Gomes deixou
Bissau, esta sexta-feira (12.02)
O chefe de Estado frisou
ainda não ser sua decisão de autorizar a saída de Gomes e que apenas
facilitou as negociações naquele sentido entre a Procuradoria e as Nações
Unidas, embora tenha sido sugerido por dois chefes de Estado no sentido de
facilitar a saída.
"Houve intervenções
do Presidente do Senegal Macky Sall e do Presidente da Nigéria Muhammadu
Buhari que me disseram que, se ele não tem nada, é melhor deixá-lo sair,
disse-lhes que não fui eu que mandou deter Aristides Gomes", assinalou.
Embaló esclareceu não
ter nada de pessoal contra Aristides Gomes e que "se calhar" é a
pessoa com quem tem melhores relações no Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC).